Município de Alta Floresta – Norte de Mato Grosso |
Origem e Caracterização
Na década de 1970, o governo de Mato Grosso colocou a venda, uma área com 2.000.000 hectares . A empresa Integração, Desenvolvimento e Colonização (INDECO S/A.), que já possuía uma área na região, foi uma das primeiras que apresentou um projeto e adquiriu uma área de 400.000 hectares , depois de convencer o então governador do Estado, José Fragelli, de que era viável a venda deste loteamento em partes.
De posse das terras, a empresa iniciou a ocupação efetiva da região, em duas etapas:
1ª etapa; foi construída a estrada de acesso ao local onde deveria ser instalada a cidade. Essa construção foi realizada pela própria empresa, "derrubando a mata, e fazendo pontes, boeiros e até a preparação de uma balsa para transpor o rio Teles Pires".
2ª etapa; ocorreu a ocupação definitiva do projeto com a construção da infra-estrutura básica e a instalação, no sul do país, dos escritórios de vendas de terras.
A 3ª etapa; foi em 1976, com a finalização da construção da estrada, chegaram os primeiros colonos.
A 4ª etapa; em 1980, Alta Floresta tornava-se município e já era considerada como um sucesso de projeto de ocupação, divulgado no cenário nacional.
A cidade cresceu vertiginosamente a partir da descoberta do ouro, que a transformou num pólo de abastecimento dos garimpos de toda a região.
O crescimento era tanto que o colonizador (INDECO) chegou a afirmar que "dá prá se fazer aqui dois norte do Paraná e um novo Estado de São Paulo".
Logo que Alta Floresta se projetou como cidade modelo de colonização, a empresa INDECO lançou mais dois projetos: Paranaíta e Apiacás.
Nos anos noventa veio a decadência do ouro e com ela a busca por novas alternativas que viabilizassem a permanência dos colonos na área.
Depois de várias experiências mal sucedidas, como a implantação de culturas como: café, arroz, cacau, guaraná e acerola, a pecuária extensiva tornou-se a base da economia do município, juntamente com o eco-turismo e turismo de pesca, em menor escala. No entanto, a exploração da madeira e algumas formas de garimpo são atividades predatórias que continuaram a ser realizadas.
Scout |
Informação principal | Números e narrativas |
Alta Floresta é certeza de êxito | Localizada no norte de Mato Grosso, com suas terras relativamente férteis e baratas, isentas de geadas e inundações. Por isso essas áreas possuem grandes oportunidades de trabalho e investimento que o Brasil de hoje está oferecendo. |
Localização | Situada a É acessada pela rodovia Cuiabá\Santarém (BR 163). Coordenadas 09º 53'02" latitude sul, 56º 14'38" longitude oeste Gr |
Transporte | Aéreo: CB x AF - 3:oo h – R$ 200,00 Rodoviário: CB x AF – Aéreo Cuibá X Sudeste - 4:oo h (com escala de 2:oo h) R$ 200,00 |
Clima | Tropical quente e úmido, com precipitação média de Temperatura média anual de 24ºC, máxima 40ºC, e menor mínima 4ºC. |
População | Total 49.233 - Urbana 42.787 (86,9%) - Rural 6.446 (13,1%) |
IDH 0,779 | Acima do IDH de MT 0,730 e nacional 0,766 – entre os 10% do IDH médio brasileiro |
Área total de Alta Floresta | 896.ooo há |
Com cobertura florestal | 452.ooo há (50%) |
Desmatado total | 444.ooo há (50%) |
Desmatamento com agricultura e pastagem | 263.ooo há (29%), |
Desmatamento com solo exposto | 74.ooo ha (8%) |
Desmatamento com vegetação degradada | 98.ooo ha (11%) |
269 micro-bacias (agrupadas em 8 sub-bacias) | Média de 3.ooo ha cada sub-bacia |
Sub-bacia 2 é a mais preservada com 74% de florestas | Localizada na região nordeste do município e também onde está localizado o Parque Estadual do Cristalino |
Sub-bacias 6, 7 e 8 apresentam alta preservação, entre 53% e 64% de floresta | Localizada na região sul do município |
Sub-bacias 5 e 3 menos preservadas com 32% de floresta. Uso do solo para agricultura e pastagem, 44% e 50%. | Localizada na região sudeste do município |
Sub-bacias 1 e 4, apresentam as maiores taxas de desmatamento (x% e x%). | Localizada na região norte/centro (onde está localizada a sede do município) |
Alta Floresta apresenta uma alta taxa de degradação de APP e nascentes no geral. Sendo necessária adoção de ações para recuperação dessas áreas. | Prioridade á projetos de intervenção em áreas alteradas nas micro-bacias localizadas no entorno da sede municipal, ao sul da sub-bacia 1. Essas micro-bacias apresentam menor cobertura florestal, em média 25%, e que apresentam alta taxa de degradação de suas APPs, entre 25 e 50%. |
Quilômetros de rios | 11 mil |
6.454 nascentes | Apenas 3.169 (49%) estão preservadas |
116 mil hectares de APP | Aproximadamente 13% da área total de AF. 68.ooo ha (58%) estão preservados. 58.ooo ha (42%), é composto por áreas com uso e cobertura do solo não compatíveis com as funções que devem ser desempenhadas por uma APP. |
Áreas com uso e cobertura do solo que não são compatíveis 58.ooo ha (42%), | 13.ooo ha (15%) vegetação degradada. 7.ooo ha (7%) de solo exposto. 30.ooo ha (30%) de áreas de lavoura e pastagem |
APPs mais preservadas estão também nas sub-bacias mais preservadas | A sub-bacia 2, na região nordeste, é também a que apresenta a maior preservação de APPs, com 82% preservados. Seguida pelas sub-bacias 6, 7 e 8 da região sul com preservação de APPs entre 62% e 72% |
APPs mais degradadas | As sub-bacias 1, 3 e a 4, com 43% de preservação cada |
Das 265 micro-bacias em que o município é subdividido | 95 têm 50% ou menos de APPs preservadas. 11 estão em situação muito crítica, com menos de 25% de preservação nas APPs. Falta dados das 159 micro-bacias restantes. |
A ocorrência mais freqüente nas APPs degradadas | São pastagens e lavouras |
Incluindo estradas principais e vicinais | |
Agricultura e agroindustria | Café, Cacau, Guaraná (principais), Acerola, Seringueira, Mandioca, Algodão, Arroz (agora em maior escala), Milho, Feijão, Soja, Dendê, Urucum, Verduras e as mais diversas frutas tropicais produzem Agroindústrias, como a de conservas, guaraná, castanha, beneficiamento de café e arroz, laticínio, frigorífico, moveleiras e madeireiras. |
Cooperativa dos Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia (Cooperagrepa), que reúne 300 famílias de agricultores dedicadas à produção de alimentos orgânicos (bioagrepa). | Os sistemas serão compostos com ipês, tekas, jatobás e castanheiras, além de maracujá, banana, cupuaçu, graviola, caju, pupunha, abacaxi, amendoim, feijão e mamão. Como as castanheiras levam seis anos para dar os primeiros frutos, a idéia é esperar a colheita com cultivos anuais integrados às árvores nativas, de modo a extrair até lá rendimentos do reflorestamento. |